Notícia publicada pelo The Telegraph.
Cientistas introduziram com sucesso genes humanos em 300 vacas para produzir leite com as mesmas propriedades do leite materno humano.
O leite humano contém altas quantidades de nutrientes especiais (como a proteína Lisozima) que podem melhorar o sistema imunológico de bebês e reduzir o risco de infecções.
Os cientistas responsáveis por essa pesquisa acreditam que o leite produzido por um rebanho de vacas geneticamente modificadas pode ser uma alternativa ao leite materno humano e ao leite para crianças industrializado, que é criticado por não ser um substituto à altura do leite materno. Eles esperam que o leite dessas vacas geneticamente modificadas e os seus derivados possam ser vendidos em mercados. Essa pesquisa é subsidiada por uma grande empresa de biotecnologia chinesa.
Esse trabalho tem incitado os opositores aos alimentos geneticamente modificados. Os questionamentos se dão com relação à segurança desse leite não só para o consumo humano como também para o consumo dos bezerros.
Contudo, o professor Ning Li, diretor do laboratório de agrobiotecnologia da China Agricultural University e chefe dessa pesquisa, insiste que é seguro para os humanos e até mesmo vantajoso para os bezerros, devido à presença dos agentes antimicrobianos já citados.
Eh... a China está sempre na frente. Quando eu era adolescente, ouvia dizer que o mandarim era a língua a ser aprendida para o futuro. Lógico que eu achei que era bobagem. No dia que eu vi o laboratório onde eu estagiei na Embrapa cheio de Chineses, e alguns colegas indo para a China fazer pesquisas científicas realmente promissoras, tive que rever meus conceitos.
Eu acredito que a ideia dos alimentos geneticamente modificados assusta mais as pessoas que não saber o significado do "Geneticamente Modificado". Muitas pessoas, agindo de má fé, usam a ignorância popular para divulgar informações erradas e convencer a sociedade de que é melhor comer, por exemplo, um tomate nadando no agrotóxico do que um outro que recebeu um gene (fragmento de DNA que terá como produto final uma proteína) que o torna resistente a determinada praga.
Eu acho que os OGM (organismos geneticamente modificados) são o presente futuro da agricultura mundial. Isso porque precisamos alimentar uma população cada vez maior, já chegando hoje bem perto do 7 bilhões. Os OGM também são serão importantes em outros ramos da biotecnologia, como a farmacologia. Produzir grãos de soja ricos em insulina para os diabéticos (se não me falha a memória, uma pesquisa em andamento na Embrapa), por exemplo. Ou utilizar microrganismos como microfábricas de remédios, barateando o custo final do mesmo... Um leque de possibilidades se abre aos nossos olhos.
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