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terça-feira, 19 de abril de 2011

Bioplástico

Vídeo e instruções retiradas do site Pontociência.

Produza um bioplástico usando amido como matéria prima. Estes plásticos feitos de milho, batata e outros vegetais estão conquistando um importante nicho no mercado mundial, diminuindo nossa dependencia dos produtos derivados de petróleo.



Todas as instruções para fabricar esse bioplástico estão no link citado no início do post.

Por que o amido, alimento comum do nosso dia-a-dia, se transforma em plástico?

O amido é um polímero natural constituído de muitas moléculas de glicose juntas, formando uma grande cadeia. Basicamente, encontramos dois tipos de amido, a amilopectina, que é ramificada, e a amilose que é linear. Quando secamos a solução de amido forma-se uma película devido às ligações de hidrogênio entre as cadeias. Por ser ramificada as cadeias da amilopectina não interagem tão bem quanto as da amilose para a formação dessa película. Por isso faz-se necessário o ácido clorídrico na reação. Ele quebrará as ligações da amilopectina, transformando-a parcialmente em amilose e facilitando a formação do filme. Você pode repetir o experimento sem usar a glicerina. Neste caso, observamos que esta película torna-se muito frágil e quebradiça. Com o uso da glicerina a película assumirá as propriedades de um plástico convencional como maior maleabilidade e elasticidade. A glicerina pode atuar como um agente plasticizante, separando as cadeias e reduzindo as interações entre elas.


Gosto muito desse site, o pontociência. Sempre tem dicas legais para experimentos e aulas práticas. Inclusive o pessoal desse site publicou um livro, o Ciência em Tela, só com atividades práticas utilizando retroprojetor (aquele trambolho que quase toda escola tem, mas quase ninguém quer utilizar). Quero pôr algumas delas em prática em breve.

Quanto ao bioplástico, espetacular a ideia! Nós, seres humanos, nos tornamos extremamente dependentes do petróleo (nem quero entrar no mérito do porquê disso ter acontecido, para não ficar irritado). Com isso, estamos encurtando nossa estadia na Terra por conta, entre outras coisas, do aquecimento global. Todo e qualquer esforço para evitar a utilização do petróleo em nosso dia-a-dia é bem vinda. Além disso, um bioplástico tem um tempo de decomposição muuuito menor do que um plástico comum. Isso reduziria bastante um dos nossos maiores problemas atuais: o que fazer com o lixo produzido. Fora os bioplásticos, também existe um grande esforço, com bons resultados, para a produção de biodetergentes. Isso reduzirá bastante o problema da poluição, pricipalmente a da água. 

É uma pena que com todos esses trabalhos visando o bem de todos, nosso governo (e a maioria da nossa população alienada) ainda bata no peito, cheio de orgulho, para dizer que somos autossuficientes em petróleo. Mesmo assim a gasolina custa quase R$ 3,00.

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