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sábado, 19 de março de 2011

Álcool Sintético


Notícia divulgada no site Ciência Hoje.

Professor de instituição britânica defende o desenvolvimento de moléculas artificiais com ação semelhante à de substâncias alcoólicas no cérebro, mas sem os efeitos colaterais dessas bebidas. 


David Nutt, professor catedrático de neuropsicofarmacologia do Imperial College, em Londres, escreve artigo corajoso para a The Scientist. Com o sugestivo título ‘Bebidas sintéticas’, propõe que a indústria farmacêutica e a academia unam seus conhecimentos para desenvolver moléculas artificiais que tenham os mesmos efeitos do álcool sobre o cérebro, sem os efeitos colaterais da bebida. E mais: que tenha antídoto, o que não ocorre com o álcool.

O cenário descrito por Nutt inquieta: em dez anos, as mortes por problemas no fígado irão ultrapassar as por doenças cardiovasculares no Reino Unido, onde o álcool ganhou o respeitável título de pior droga entre todas conhecidas.

Um dos argumentos comumente usados em defesa do álcool, escreve Nutt, é que a bebida, em pequenas doses e para segmentos da população, traz benefícios para a saúde. Nutt – cujo currículo e posições acadêmicas são invejáveis – diz que esse argumento é provavelmente falso.Nutt se pergunta por que o álcool, com currículo tão danoso, está tão disponível. Em parte, diz ele, autoridades e governos – que insistem em colocar o álcool como alimento/mercadoria e não droga – fingem não perceber o estrago para a saúde pública. Diz que se o álcool tivesse sido inventado hoje, não passaria pela aprovação de nenhum órgão fiscalizador – o álcool é convertido em uma substância extremamente tóxica (acetaldeído) para o fígado e outros órgãos.

No Brasil, vigora a apologia ao consumo – é também opinião desta coluna que a lei ‘se beber, não dirija’ já é letra morta. A população é bombardeada com propagandas de mau gosto das cervejarias (mulheres seminuas, gente bem-sucedida, alegre e ‘esperta’ etc.).


É um fato: as drogas legalizadas fazem um imenso estrago na saúde pública brasileira. A propaganda em todos os veículos de informação, sempre com imagens bonitas e sedutoras, disfarçam muito bem os perigos que essas substâncias trazem àqueles que as consomem. Se todo mundo consumisse bebidas alcoólicas de forma coerente, sem cometer excessos, muitos dos problemas seriam evitados. Contudo, não é isso que acontece. Em qualquer barreira de fiscalização da polícia fica retido pelo menos um condutor alcoolizado. O povo brasileiro não está familiarizado a seguir regras. O "jeitinho brasileiro de ser", o de sempre tentar burlar as regras  está disseminado em toda a população. É claro que existem exceções, mas o problema é exatamente esse, são exceções quando deveriam ser a regra. Já que é esse o nosso cenário, que venham as pesquisas para, ao menos, reduzir os traumas deixados pelo consumo de bebidas alcoólicas.

Pra encerrar com chave de ouro esse post.... uma tirinha a respeito do tema:


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