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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Menina prodígio

Notícia divulgada pelo site Geek.


Adolescente de 17 anos cria nano partícula que ajuda no tratamento contra o câncer


 

Uma adolescente de 17 anos é a nova ganhadora na categoria individual do Siemens Competition Math, Science & Techonology, tendo desenvolvido uma nano partícula que poderá ajudar no tratamento de diversos tipos de câncer.

Angela Zhang, que levou para casa o prêmio de US$ 100 mil, apresentou o projeto intitulado “Design of Image-guided, Photo-thermal Controlled Drug Releasing Multifunctional Nanosystem for the Treatment of Cancer Stem Cells” (“projeto de nano sistema multifuncional para tratamento de células tronco cancerígenas, guiado por imagens óticas e térmicas e liberação de remédio-guia”, em tradução livre).

Zhang conseguiu desenvolver uma nano partícula que pode ser enviada ao centro do tumor através de uma droga à base de salinomicina, também usada para combate ao câncer. A substância “procura” pelos tumores e, por isso, é um ótimo meio para transportar a nano partícula. Uma vez que a partícula atinge seu alvo, ela mata as células-tronco do câncer de fora para dentro. A pesquisadora-mirim ainda incluiu ouro e óxido de ferro a sua nano partícula, que permitem que o tratamento seja monitorado através de exames de imagem por contraste como ressonância magnética e varredura foto-acústica (uma espécie de ultrassonografia).

A adolescente, uma estudante secundarista, afirma que ficou “surpresa com a taxa de sobrevivência de pacientes submetidos ao tratamento contra o câncer atual” e por isso, decidiu pesquisar e criar um tratamento mais eficaz e menos evasivo da doença.

Angela passou mais de mil horas nos dois últimos anos (ou seja, desde que tinha quinze anos) pesquisando e desenvolvendo seu projeto em um programa de desenvolvimento de estudantes do ensino médio da Universidade de Stanford, EUA, e já tem planos para o futuro: quer ser pesquisadora. A adolescente ainda não definiu ao certo qual carreira universitária irá seguir, mas acredita que deve cursar engenharia química, engenharia biomédica ou física.

Não é o primeiro prêmio de Angela: interessada em nanomedicina e tecnologias de imagem médica em nível molecular, ela já havia faturado o Primeiro Prêmio do Intel International Science & Engineering Fair (ISEF) em 2010 e 2011, ambos na área de medicina e tecnologia de saúde.

O projeto Siemens Competition está em sua décima terceira edição e visa descobrir jovens talentos que estejam interessados em ingressar na área científica.


Achei muito legal essa iniciativa da Universidade de Stanford, de buscar talentos já no Ensino Médio. É claro que estudantes como essa garota são raríssimos. Contudo, muitos estudantes brasileiros com um imenso potencial são ignorados. Isso impede que a maioria deles chegue aos laboratórios de pesquisa.


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