Notícia retirada do site da agência FAPESP.
A National Academies Press (NAP), editora das academias nacionais de ciência dos Estados Unidos, anunciou no dia 2 de junho que passou a oferecer seu catálogo completo para ser baixado e lido de graça pela internet.
São mais de 4 mil títulos, que podem ser baixados inteiros ou por capítulos, em arquivos pdf. A NAP publica mais de 200 livros por ano em diversas áreas do conhecimento, com destaque para publicações importantes em política científica e tecnológica.
Os livros podem ser copiados livremente a partir de qualquer computador conectado na internet e mostram o esforço da NAP em democratizar o acesso ao conteúdo produzido pelas academias norte-americanas. As academias, que atuam há mais de 100 anos, são: National Academy of Sciences, National Academy of Engineering, Institute of Medicine e National Research Council.
Os títulos em capa dura continuarão à venda no site da NAP. A opção de ler de graça parte de livros ou títulos inteiros começou a ser oferecida pelo site em 1994. A oferta de todo o catálogo de graça para ser baixado em pdf foi feita primeiro para os países em desenvolvimento.
Entre os títulos que podem ser baixados estão: On Being a Scientist: A Guide to Responsible Conduct in Research, Guide for the Care and Use of Laboratory Animals e Prudent Practices in the Laboratory: Handling and Management of Chemical Hazards.
Todo o esforço realizado visando a divulgação científica, em especial a democratização do conhecimento, merece todo o apoio. A NAP, uma editora gigantesca e responsável pela publicação de muitas obras da vanguarda científica, está de parabéns. É uma pena que as publicações estão em inglês.
Aqui no Brasil isso existe, mas ainda não é uma prioridade. A Embrapa possibilita o acesso gratuito a algumas das obras produzidas pelos pesquisadores de lá, alguns autores da editora Moderna divulgam uns informativos bem legais, o acervo digital da UNESP também tem acesso gratuito e existem vários outros esforços em outras editoras.
Mas o problema no nosso país é outro. Os pesquisadores querem divulgar, mas a maior parte da população não tem interesse em saber. Isso é uma pena pois o conhecimento liberta a mente de quem o possui. Como disse Einstein naquela famosa frase (que virou piada na internet): "A mente que se abre à uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original".
Se a população começar a "saber demais", ficará mais difícil de ser dominada. Perpetuar a ignorância, salpicada de crendices, é muito mais interessante, sob o ponto de vista do explorador.
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