Alunos da quinta série de uma escola municipal de Uberaba, no litoral paulista, formam o grupo mais jovem do mundo a construir e lançar um satélite. Com o apoio de engenheiros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 108 estudantes estão envolvidos no projeto para montar o UbatubaSat, um pequeno satélite de aproximadamente 750 g que vai orbitar a Terra numa altitude de 310 km. O lançamento está previsto para novembro, nos Estados Unidos.
Segundo o Inpe, professores de várias disciplinas se envolveram no projeto, liderado pelo professor de matemática Cândido Oswaldo de Moura, que no início do ano passado teve a ideia ao ler numa revista de divulgação científica sobre a empresa americana que desenvolve os chamados TubeSats.
O UbatubaSat, um Tubesat fornecido como kit de montagem pela empresa Interorbital Systems, está na categoria dos picosatélites por ter massa menor do que 1 kg. O TubeSat é capaz de realizar experimentos científicos e funções de comunicação em órbita. O kit custou cerca de US$ 8 mil, obtidos com comerciantes de Ubatuba.
Os professores da escola estiveram nesta semana no instituto, em São José dos Campos (SP), aprendendo a montar peças do satélite para depois ensinar aos alunos.
Professores aprendendo a montar o satélite para depois ensinar ao alunos. |
Muito legal a iniciativa dessa escola. Quando a gente comenta sobre satélites artificiais em sala, ainda mais para alunos de 6º ano (antiga 5ª série), os alunos não sabem nem o que imaginar. O que vem a mente deles são máquinas grandes, cheias de antenas e peças de formato estranho, que servem para muitas coisas (mas que eles não sabem bem que coisas são). Esse "minissatélite" não é simplesmente um brinquedo. Ele poderá ser útil ao próprio Inpe para a coleta de vários dados aeroespaciais. A NASA também está investindo nesse tipo de tecnologia, tanto que o ônibus espacial Endeavour levou ao espaço dois desses satélites a cerca de um ano e meio. Muito legal seria se a escola tivesse como se comunicar com esse satélite, utilizando as informações obtidas por ele nas aulas de Ciências, Geografia, Matemática, entre outras.
Um dia eu ainda participarei de um projeto como esse!
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