Burundanga

Recebi por e-mail um alerta contra uma nova droga, chamada de burundanga ou escopolamina.

Provavelmente quem estiver lendo esse post deve ter recebido também.... ou receberá em breve.

NÃO SE PREOCUPEM!

É SÓ MAIS UMA LENDA DA INTERNET

Essa história tem os mesmos pontos falhos das outras lendas da internet, como por exemplo aquela que o cara é intoxicado na balada e acorda sem os dois rins em uma banheira cheia de gelo.

O site quatro cantos é especializado em desmistificar (desmentir) essas histórias.

Uma coisa que eu aprendi nesse site foi o seguinte: toda vez que um de vcs receber uma mensagem de alerta desse tipo, observem algumas características do texto, como por exemplo:

- Expressões incomuns no português do Brasil. Ex. estava a falar, marcar o número, reacção, etc.

- Data indeterminada. Ex.No último sábado.

- Pessoas envolvidas. Nenhum nome é citado (ou o nome citado é falso)

- Nome do hospital: não sabe.

- Local: cada versão traz a ocorrência para a cidade ou país do suposto autor da mensagem.

Sobre a lenda em questão, podemos dizer o seguinte:

Uma coisa é a existência da droga: ela existe e possui usos medicinais, ritualísticos e também é usada por criminosos. Outra coisa é o caso específico relatado na mensagem: ele não ocorreu.

Há relatos de que a droga é utilizada na Colômbia para sedar vítimas de ladrões e sequestradores. Algo semelhante ao que ocorre no Brasil com o golpe boa noite, cinderela.

O jornal colombiano Noticias.com.co do dia 02 de novembro de 2010 relata caso do juiz de futebol Óscar Julián Ruiz ocorrido no dia 29 de outubro desse ano. Segundo o jornal, o árbitro foi encontrado inconsciente em sua casa. Outra versão diz que ele foi encontrado em rua do bairro onde reside, na cidade de Villavicencio, Colômbia. Há suspeita de uso da escopolamina para dopá-lo e assaltar a casa dele.

Óscar Julián Ruiz deixou o hospital na manhã do dia 02 de novembro e passa bem.

É bom separar as duas coisas: a lenda da realidade.

Realidade: a droga existe e pode ser usada tanto para fins medicinais como para fins criminosos.

Lenda: o caso tal qual descrito na mensagem não ocorreu.

O relato completo sobre essa lenda está disponível no site quatro cantos